As associações continuarão a defender o direito da oficina de fazer com que as seguradoras paguem o preço da hora exposta ao público
Os presidentes da Confederação Espanhola de Oficinas de Reparação (CETRAA) e da Federação Espanhola de Empresários Profissionais Automobilísticos (CONEPA) convocaram as oficinas para atuar diante da perda de poder aquisitivo devido ao aumento do IPC e monitorar os efeitos que a inflação terá em suas margens. Tudo isso, sem prejuízo de continuar a defender o direito da oficina de fazer com que as seguradoras paguem o preço da hora exibido ao público.
De acordo com as estatísticas oficiais do Instituto Nacional de Estatística (INE), o Índice de Preços no Consumidor (IPC) interanual para 2021 situou-se em 6,5%. Convém relacionar esse percentual ao cenário agora contemplado pelo Banco Central Europeu de “inflação mais alta por mais tempo”.
Todas as oficinas (chapas, mecânica, especializadas, etc.) estão preocupadas, em maior ou menor grau, com o aumento da inflação, perante o que deverão definir a estratégia que considerem mais adequada.
Neutralizar a inflação: medidas dependendo de quem arca com o custo do reparo
Neste contexto, a CETRAA e a CONEPA dirigiram-se aos seus associados indicando as medidas que devem adotar para neutralizar a inflação, tendo em conta quem vai pagar a reparação efetuada:
• Usuários, atualizando os preços exibidos ao público.
• Seguradoras, através do pedido de atualização dos preços por elas pagos às oficinas como forma de defesa do seu poder de compra.
• Empresas de leasing ou frotas, em cujos contratos as oficinas devem considerar o impacto do IPC nos serviços que prestam.
Comunicação às seguradoras e carta modelo
Por outro lado, CETRAA e CONEPA estão atuando junto às seguradoras de forma dupla para facilitar a adequação de seus preços a esse cenário inflacionário. Neste sentido:
1. Os presidentes do CETRAA e CONEPA estão encaminhando uma comunicação aos presidentes das principais seguradoras, informando-os sobre a necessidade de revisão dos preços que pagam às oficinas para neutralizar a expectativa de aumento do IPC e salvaguardar seu poder de compra.
2. Além disso, CETRAA e CONEPA prepararam uma carta modelo para seguradoras, frotas e locatários, para que as oficinas possam preenchê-la, quando for o caso, com a atualização que solicitarem.
As causas que afetam a inflação das oficinas
As causas deste IPC elevado são conhecidas, mas convém sistematizá-las, devido ao peso diferente que podem ter nos diferentes tipos de oficinas: o aumento do preço da eletricidade, à taxa de 72% em dezembro de 2021 , ou o aumento de mais de 11% no gás registrado. A estes aumentos acresce o correspondente aos preços de pintura; o aumento do custo da gestão de resíduos; aumentos do imposto sobre os preços dos seguros; atualizações nos preços de locações e subcontratos de serviços (riscos ocupacionais, assessoria, site, programas de avaliação, software de gestão); a manutenção dos carros de reposição e principalmente a atualização dos acordos coletivos em 2022, o que aumentará os custos trabalhistas, com grande impacto nas margens das oficinas no faturamento dessa mão de obra.
Fonte: CETRAA
